OS DIFERENTES MÉTODOS DE CONSTRUÇÃO PARA PRÉDIOS RESIDENCIAIS
Você sabia? A construção do prédio em que você, sua família ou seus amigos moram pode ser de alvenaria tradicional, alvenaria estrutural ou pré-fabricados. Vamos te explicar um pouco de cada!
Se você está a procura de um apartamento para locação ou compra, é provável que se preocupa com itens como área útil, localização, divisão interna, número de quartos, banheiros e vagas de garagem. Apesar de muito importante na hora da escolha, esses não podem ser os únicos indicativos de qualidade de um imóvel. Antes de definir o apartamento, saiba com qual método de construção ele foi feito e examine quais as vantagens e desvantagens de cada um deles, de acordo com seu perfil e com o uso que pretende fazer do mesmo.
Alvenaria Tradicional
Trata-se do método de construção mais comum no Brasil. Neste modelo, são erguidas colunas e vigas sobre uma fundação que pode ser feita com estacas escavadas, para prédios mais altos, ou baldrames, para casas térreas. Nesse tipo de construção, as colunas e vigas suportam toda a obra. Essa modalidade é caracterizada também por trabalhar com paredes de tijolos de barro, gesso ou blocos de cerâmica apenas para vedação dos espaços.
Entre as vantagens desse modelo estão a qualidade final da obra que, quando feita por profissionais capacitados, oferece muitas possibilidades de formatos e divisões. Além disso, a alvenaria bem feita é uma verdadeira garantia de durabilidade. Por se tratar do tipo de construção mais comum no Brasil, esta ainda é a modalidade preferida pelos brasileiros que, por força da cultura, costumam considerá-la a melhor e mais segura forma de construção.
Por outro lado, a alvenaria é uma modalidade passível de vários vícios construtivos, como desníveis, desaprumo, estruturas fora de esquadro, entre outros. Alguns pedreiros e mestres de obra simplesmente não dão a importância devida a esses itens, tendo que, no final da obra, corrigir erros comuns com “gambiarras”. Nesse método construtivo, toda a tubulação é implantada depois dos muros levantados, o que gera um desperdício irremediável de material já que, para isso, as paredes precisam ser quebradas e depois remendadas.
Quem opta por imóveis construídos sob essa modalidade tem a grande vantagem de poder alterar espaços e derrubar paredes, já que somente as colunas e vigas não podem ser alteradas. Se você pretende mudar a estrutura do seu apartamento, essa é a melhor escolha.
Alvenaria estrutural ou autoportante
A adesão a esta modalidade construtiva cresce rapidamente no país. Trata-se de uma obra cujas paredes, construídas com blocos estruturais, são responsáveis por suportar toda a edificação. Nessa modalidade as vigas e colunas são dispensáveis, já que as paredes desempenham essa função.
Uma das vantagens desse método é a sustentabilidade da obra, já que a ausência de vigas e colunas elimina o gasto de boa quantidade de material. Além disso, é possível passar toda a tubulação por dentro dos blocos, fazendo com que não seja necessária a quebra das alvenarias para instalações hidráulicas e elétricas. Assim como na alvenaria tradicional, esta modalidade exige mão de obra qualificada para ter sua segurança atestada. Na modalidade autoportante, os edifícios não podem passar de 12 pavimentos.
A principal desvantagem do método é o fato de que a divisão do imóvel não poderá ser alterada, já que as paredes têm função estrutural e, com isso, não podem ser removidas. Caso esteja satisfeito com a configuração do apartamento, esse modelo construtivo não será um problema pra você.
Pré-fabricados
Modalidade pouco explorada no país, mas comum em imóveis do exterior, especialmente nas casas. Trata-se de uma estrutura montada dentro de uma fábrica e, depois de pronta, instalada sob uma fundação. Essas construções são erguidas módulo por módulo, como um grande quebra cabeças. A prevalência de materiais alternativos como madeira, por exemplo, é outra marca desse método.
A rapidez na montagem, a possibilidade de construção ininterrupta pelo fato de acontecer em ambiente fechado e não exposto a condições climáticas são as grandes vantagens da modalidade. Sua resistência também pode ser atestada nos países em que seu uso é comum. Além de não ser tradicional no Brasil, uma desvantagem do modelo é a necessidade de manutenção constante, a plasticidade de design limitada e os custos adicionais. Apesar de a estrutura ser mais barata, é preciso contabilizar custos de instalação, manutenção e transporte da estrutura até o local definitivo. No caso de edifícios, outra desvantagem é a pouca experiência com o modelo. Mas, esta pode ser uma boa aposta para o futuro.
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