As vantagens e desvantagens de imóveis novos e usados
Na hora de adquirir a casa própria, diversos pontos devem ser levados em conta, principalmente na escolha entre um imóvel novo ou um imóvel usado. De acordo com especialistas, não há uma regra específica e é o perfil do comprador que deve definir a decisão final. Mas aqui, vamos dar algumas dicas sobre ambos os tipos.Os usados costumam ganhar de longe dos novos quando o assunto é espaço, por exemplo. Mais amplos, os cômodos dos mais antigos são os indicados para quem não quer deixar nenhum móvel de fora. Os banheiros são espaçosos e têm banheira ou um box maior.
"Outro ponto a favor é a vizinhança, que já está consolidada. O comércio e a infraestrutura de regiões mais antigas são bem melhores do que os novos zoneamentos, onde há muitas edificações em construção e a vida está começando", considera o advogado imobiliário Carlos Samuel de Oliveira Freitas, diretor de condomínios da Primar Administradora de Bens.
Por outro lado, enquanto a metragem interna foi reduzida, a área de lazer aumentou e muito. As opções para se divertir sem sair de casa vão desde brinquedoteca até sauna, espaço gourmet, bosques e academia. Além disso, as unidades novas em geral são entregues com acabamentos na cozinha, banheiro e lavanderia enquanto o restante fica por conta do comprador.
Embora novos empreendimentos tenham menor metragem interna, as opções de lazer dentro do condomínio ficaram mais variadas e podem incluir até luxos como spa. "Atualmente muitas construtoras também oferecem a possibilidade de fazer alterações ainda na planta, deixando o projeto com a cara do futuro morador. Outro aspecto favorável é que as tomadas e outros equipamentos elétricos e hidráulicos já vêm no padrão das novas normas de segurança", observa Freitas, que também é diretor de locações da Associação Brasileira das Administradoras de (Abadi) e do Conselho Regional dos Corretores de do Estado do Rio Janeiro (Creci).
Vale lembrar que quem adquire uma casa ou apartamento usado tem a possibilidade de negociar o valor e as formas de pagamento.
"Descontos e a possibilidade de troca por outros bens são comuns neste tipo de negócio. Sem contar que o usado é mais barato do que um novo. Quando houver a necessidade de realizar reformas é recomendado colocar tudo na ponta do lápis e analisar se os custos das melhorias, somados ao valor do imóvel, não superam o preço de um novo", recomenda o especialista.
Financiamento
O financiamento é quase igual em ambos os casos – com exceção da compra de imóveis na planta, já que as primeiras prestações são pagas diretamente para a construtora, que utiliza índices de reajuste abaixo da inflação, por isso o valor é mais em conta.
"Depois que o financiamento passa a ser pelo banco as condições praticamente se igualam, mas dependendo da instituição financeira os juros para imóveis usados pode ser mais alto. A documentação e as taxas a serem pagas são praticamente as mesmas para os dois tipos de bens", destaca Freitas.
Diante dos fatores positivos e negativos, cada tipo de moradia atrai diferentes públicos que buscam adequar suas necessidades ao bolso. "O brasileiro irá comprar no máximo dois imóveis durante toda a sua vida, de acordo com várias estimativas. Por isso esta decisão deve ser levada a sério, com muita reflexão e análise de todos os aspectos envolvidos", acrescenta.