As 5 principais etapas da aquisição de um imóvel

O processo de compra de um imóvel pode ser mais simples do que se imagina
Adquirir um imóvel é um sonho para muitos brasileiros. A estabilidade de um lugar para morar em seu nome ou até mesmo o investimento no mercado imobiliário atrai novos compradores todos os anos, o que movimenta o setor cada vez mais.

Apesar de desejado, o processo de comprar um apartamento não é nada simples. Além de envolver uma burocracia enorme, com documentos sem fim, ainda exige uma análise minuciosa para que o negócio não seja prejudicial, tanto ao comprador como ao vendedor.

Isso porque são muitos os fatores que devem ser considerados quando se decide comprar um imóvel. Além da proposta, do financiamento, do valor de entrada e das oportunidades de negócio com os bancos, há ainda a preocupação com a conservação e a localização do imóvel, por exemplo.

Por isso, existem cinco principais etapas para a aquisição de um imóvel: pesquisa, análise, definição do pagamento, contratação e registro.

Pesquisa

O ideal é que a busca seja feita com calma, até porque, comprar um imóvel normalmente é um investimento a longo prazo, não algo que se decide de uma hora para outra. Por isso, é importante se atentar a todos os critérios estabelecidos e direcionar a pesquisas a todas as residências que condizem com esse perfil.

Para isso, a tecnologia é uma ferramenta fundamental. Ao acessar portais imobiliários e filtrar as pesquisas de acordo com as necessidades estipuladas, é possível ter acesso aos imóveis que mais se encaixam no perfil desejado, como apartamentos para comprar e casas à venda. Esse tipo de recurso aumenta muito as chances de que a procura seja desgastante e que não haja perda de tempo.

É necessário, portanto, ter clareza quanto aos critérios estabelecidos para o imóvel e não acabar em um negócio frustrante. Por isso, é importante perceber os pontos fortes da residência e analisar os pontos de como será o dia a dia vivendo ali.

Por isso, deve-se sempre ter em mente um imóvel que encaixe no estilo de vida do comprador. A localização, por exemplo. A preferência é por estar perto ou afastado do centro? Perto ou longe das escolas e universidades, ou até mesmo do trabalho? Ser próximo a pontos de transporte público é fundamental? Esse tipo de pergunta deve ser feita logo no começo das pesquisas.

Outro ponto é a disposição do imóvel. Qual tipo se encaixa melhor no dia a dia? Apartamento ou casa? Com ou sem escadas? Um imóvel na planta, um imóvel novo ou um imóvel usado? Tudo isso deve ser ponderado para que o imóvel perfeito seja encontrado.

Análise

A partir do momento em que o imóvel que se encaixa nas necessidades é encontrado, é importante partir para o momento de análise. Tudo começa com a visita presencial ao imóvel, onde tudo deve ser verificado: os detalhes do imóvel, a conservação, os acabamentos.

Outra dica interessante é visitar o local em vários horários do dia. Assim, será possível perceber a movimentação da vizinhança, a segurança do local e até mesmo fatores como a direção do sol em relação às janelas.

Também é interessante fazer o trajeto tanto de carro, como de transporte por aplicativo e transporte público, para verificar possíveis obstáculos. Depois de tudo verificado, será possível ter uma noção maior de como será a vida no imóvel e, então, passar para a próxima etapa.

Pagamento

Para que a aquisição do imóvel seja o mais livre de problemas possível, é interessante definir a quantia que se pretende gastar. Assim que se começa a pensar na compra, o ideal é ir amadurecendo a ideia quanto aos recursos que serão gastos e, com o imóvel escolhido, partir para o pagamento.

O principal ponto é que o imóvel deve se encaixar no orçamento do comprador e não causar impactos negativos, como dívidas que não terão como ser pagas. Depois disso, é interessante avaliar as possibilidades de pagamento.

Entre as opções, estão o pagamento à vista, o financiamento a partir de programas habitacionais ou realizado com a própria construtora e a obtenção de crédito imobiliário.

A compra à vista é uma vantagem para quem tem o dinheiro em mãos. Isso porque é um grande poder de negociação, o que pode ajudar na redução do preço e nas imposições de condições específicas ao vendedor.

Dependendo da faixa de renda disponível, porém, a compra pode ser feita por meio de programas habitacionais. É preciso atender a certos critérios, como não ganhar mais que 10 salários mínimos e o imóvel não atingir um valor máximo previamente estipulado. Além disso, os bancos públicos e privados também oferecem linhas de financiamento específicas para compra de imóvel.

Contratação

Assinar o contrato de compra e venda é um dos passos principais na aquisição de um imóvel. É um contrato que obriga as duas partes a firmarem o compromisso estabelecido, ou seja, a compra e a venda. Mesmo assim, não é um contrato que dá posse definitiva ao comprador.

Com apenas esse contrato, portanto, não há proteção por lei e ainda não está tudo 100% seguro. Ainda podem ocorrer golpes e o imóvel pode ser revendido.

Assinar a escritura do imóvel é uma das últimas partes. A escritura é o documento público e oficial que valida perante a lei o acordo entre o comprador e o vendedor do imóvel.

O valor da escritura é normalmente tabelado e não chega a 1 % do total do valor do imóvel, somando os emolumentos e a taxa de fiscalização judiciária.

Registro

O último passo é o registro, o documento que torna o imóvel uma posse do comprador. Normalmente é feito em cartório e, para que seja redigido, é necessário apresentar a escritura do imóvel.

A transferência do imóvel é feita, na maioria das vezes, assim que ocorre a obtenção do número de matrícula obtido na escritura. A posse definitiva, porém, acontece apenas depois do registro. Sem o registro, o comprador tem apenas a posse e o uso do imóvel.