Espaços maiores: muda o perfil de busca do imóvel durante a pandemia

15 May 2020 | Guia do comprador
Tempo de leitura: 3 minutos | -

Autor: Foxter Cia. Imobiliária
Muda o perfil de busca do imóvel. Durante o confinamento, a situação se inverte.

Sócio da Foxter conta detalhes em coluna veiculada em ZH

A tendência, antes, eram apartamentos cada vez menores, mas em prédios com playground, salão de festas, quiosque, piscina, academia. Só que agora, com as pessoas confinadas, com o crescimento do Home Office, com o convívio ininterrupto entre moradores da mesma casa, a situação inverteu.

— O consumidor está buscando imóveis maiores, mais confortáveis. Ele quer um escritório melhor para trabalhar. E ele precisa de um espaço para se isolar dos filhos ou do cônjuge — avalia Fernando Erhart, sócio-diretor da Foxter.

Com a rotina limitada pelas paredes de casa, as pessoas também buscam varandas, sacadas e jardins. Fernando diz que a procura cresceu pelos chamados apartamentos garden, situados no térreo. Já as áreas compartilhadas, como infantil ou churrasqueira no prédio, deixam de ser prioridade.

— Antes da pandemia, a tendência era o compartilhamento. De bicicleta, de carro, de espaços no condomínio. Agora, com esse choque de isolamento, certamente haverá um impacto nessa cultura, embora a gente não saiba o tamanho — Projeta o presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil (Sinduscon-RS), Aquiles Dal Molin Júnior.

Ele tem percebido, a partir de pesquisas encomendadas pelo sindicato, que o trabalho em casa estimula a procura por residências distantes da região central. Porque, segundo Dal Molin, o tempo de deslocamento até o serviço perde força entre os critérios na busca por imóvel. E, nas regiões mais afastadas, são maiores as opções de apartamentos e casas grandes.

— O que a gente nota, em resumo, é uma maior valorização da qualidade do tempo dentro de casa — diz Luís Henrique Stédile, CEO da Nethomes, uma plataforma de venda imobiliária digital. Segundo ele, mesmo que a pandemia seja passageira, o home office já deu sinais de que veio para ficar. O consumidor, percebendo isso, começa a se preparar agora para uma realidade que deve se impor nos próximos anos. Por outro lado, Stédile não acredita em uma queda significativa nas vendas de apartamentos menores:

— Solteiros, divorciados e idosos, por exemplo, podem manter conforto e privacidade em espaços pequenos. Mas, para quem divide a casa com mais gente, a reclusão passa a ser uma necessidade.

Texto na íntegra, fonte: GaúchaZH
 

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